quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cinzas



Cores estrangeiras
Fronteiriças
Não são capazes
de impregnar-me
Sou negra, cinza
Cinzas de um passado
presente de incertezas
Em eterno movimento
sou asa e âncora
Entre o céu e o chão
Planto-me em ti
como alfinete
buscando teu coração de pedra



terça-feira, 11 de outubro de 2011

Janela



Janela para o infinito
Por ti espreita o futuro
Espera a aproximação
de um personagem fantástico
que a levará
para longe de si mesma
Fuga impossível
Há muros intransponíveis
Abismos
Assim, plantada, permanece
com os olhos perdidos
na imensidão do céu azul
Dia virá em que asas crescerão
E a liberdade será finalmente real