Minha casa
Meu castelo
As tábuas que forram o chão
já conhecem meus passos
A luz difusa que atravessa a cortina
Aquece o ar
Aquece o corpo
que derrete em lágrimas de sal
Miro o espelho
do espelho
que me espelha
Aconchego
Acolhimento
Abraço
Ovo
Útero
Desapareço
4 comentários:
Um belo mergulho de volta à origem!
[caminho é todo o desaparecer, todo o começo, recomeço de palavra que se resguarda na alma]
um imenso abraço,
Leonardo B.
Tem dias que não dá vontade de sair do casulo. Mas a gente sempre tem que sair.
Belo.
Lucia, que inquietante. Não sei ainda me definir em relação a esse poema e a esse quadro que não sei se subtrai ou se multiplica essa mulher.
beijo
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