sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Casulo





Minha casa
Meu castelo
As tábuas que forram o chão
já conhecem meus passos
A luz difusa que atravessa a cortina
Aquece o ar
Aquece o corpo
que derrete em lágrimas de sal
Miro o espelho
do espelho
que me espelha
Aconchego
Acolhimento
Abraço
Ovo
Útero
Desapareço


4 comentários:

Anônimo disse...

Um belo mergulho de volta à origem!

João A. Quadrado disse...

[caminho é todo o desaparecer, todo o começo, recomeço de palavra que se resguarda na alma]

um imenso abraço,

Leonardo B.

Moniz Fiappo disse...

Tem dias que não dá vontade de sair do casulo. Mas a gente sempre tem que sair.
Belo.

Bípede Falante disse...

Lucia, que inquietante. Não sei ainda me definir em relação a esse poema e a esse quadro que não sei se subtrai ou se multiplica essa mulher.
beijo