quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Dois mil e dez

Desejo a todos um Natal cheio de paz e harmonia, com a família e todos aqueles que são importantes em suas vidas.

Que o Ano Novo venha trazendo belas surpresas,
daquelas que só a vida, em seu constante renovar, pode proporcionar.

Vamos ao encontro de 2010
com as esperanças renovadas e o desejo de sermos cada vez melhores, para o próximo e para o planeta.










O céu de Guanambi



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Correndo o risco

Tive vontade de arriscar alguns trabalhos mais livres. Meu processo de criação costuma ser controlado. A liberdade de criação antecede o encontro com a tela. Quando apanho os pincéis, a idéia já está pronta na minha cabeça ou numa colagem ou num esboço em desenho. Por isso arrisquei alterar a ordem das coisas e enfrentar a tela em branco (neste caso papel) sem pré-conceito, sem aviso prévio.

O resultado está aqui. São os primeiros, não sei se haverá outros, por isso vou mostrá-los logo, antes que eu desista da idéia.


















sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

CRP - Criptonita?

CRP significa Cola, Rasga, Pinta.

CRP é um processo de criação que envolve papelão, muitas e muitas camadas de papel, que depois são rasgadas, pintadas, adicionadas de mais papel, mais tinta. Parece complicado, e é. O resultado é mais ou menos esse




Depois vem a tela e aquilo vira isto




(Adquirido)


ou isto






ou ainda isto





Sobre esse processo, certa vez eu escrevi:



O CAOS SOB CONTROLE




O objetivo deste texto é tentar descrever o processo de criação da atual série de trabalhos intitulada “O Caos sob Controle”. Nasce da necessidade de comunicação do artista com o observador de sua obra.

Inicialmente as imagens estão escondidas sob camadas e camadas de papel, submersas, à espera do toque mágico que as fará ressurgir: fragmentadas, combinadas com outras, às vezes soberanas em sua força, às vezes apenas sugeridas.

A seguir, de estilete em punho, com garras de animal faminto, o artista avança sobre um mar de cores e formas que estão à espreita, cava e procura por aquelas que em sua vã e inocente fantasia teriam que estar presentes no produto final. Algumas virão à tona, outras permanecerão sepultadas para sempre e estarão presentes apenas na memória do artista, uma vez que foram escolhidas por algum motivo. Ninguém as verá, mas estarão ali, como fantasmas a assombrar o seu imaginário.

O resultado deste processo é o Caos. Aos olhos de um observador desatento parecerá que o artista enlouqueceu. O que estaria ele pensando? Nada parece estar no lugar: confusão, subversão, agitação, tumulto, motim... Há que colocar ordem, é necessário domar o Caos.

Novas imagens são adicionadas, a tinta esconde o que desagrada o artista e realça o que lhe é caro, o que o acolhe e conforta. O fim está próximo, o transe termina, a obra está pronta. Pronta? Não! Isso é apenas o começo...

É desse manancial de idéias e imagens que surgirá o trabalho final. O resultado poderá ser conferido na próxima exposição.

O artista convida o expectador a desvendar essa trama.


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A exposição na Galeria de Arte do EBEC foi com trabalhos dessa série (com uma exceção). Agora estou numa fase de transição entre isto ou aquilo. Quem sabe o que virá por aí?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Caminhando e cantando

Em minha caminhada matinal vou com um ouvido no canto dos pássaros, no ranger das varas de bambu e outro no meu MP3. Depois da pintura, a música é uma grande paixão e hoje pela manhã ouvi Chão de Giz, do inimitável Zé Ramalho, cuja letra gostaria de relembrar com vocês:

Eu desço dessa solidão
Disparo coisas sobre
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...
Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy"
That's over, baby!
Freud explica...
Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...
No mais estou indo embora!
No mais!...