quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cinzas



Cores estrangeiras
Fronteiriças
Não são capazes
de impregnar-me
Sou negra, cinza
Cinzas de um passado
presente de incertezas
Em eterno movimento
sou asa e âncora
Entre o céu e o chão
Planto-me em ti
como alfinete
buscando teu coração de pedra



7 comentários:

Bípede Falante disse...

Nossa, Lúcia, mas esse poema está arrasador! Sua escrita está soberba como a sua pintura. Você vem a confirmar o que dizem que um talento raramente vem sozinho.
beijosssssssss

Lucia Alfaya disse...

Fico feliz que tenha gostado. Não tenho escrito muito ultimamente, nem tentado, estou absorvida pela pintura. Bjs :)

Anônimo disse...

Alfinete em coração de pedra. Que bárbaro isso!

Moniz Fiappo disse...

Alfinete em coração de pedra, também achei porreta.
Ando mais ligada na pintura. Minha fase agora é simples assim.

Terráqueo disse...

Difícil saber o que é mais belo, o poema ou a pintura. Parabéns.

Lucia Alfaya disse...

Obrigada Marcelo, sempre generoso com esta humilde pintora que teima em tentar traduzir o que vê em sua tela.
Bjs :)

Lucia Alfaya disse...

Cho, bárbaro é você!
Bjs