sexta-feira, 5 de março de 2010

She


Esta tela foi pintada a partir de uma colagem que já foi publicada aqui.





O Dia Internacional da Mulher foi criado em homenagem a 129 operárias que morreram queimadas em consequência de uma ação policial para conter uma manifestação numa fábrica de tecidos.Essas mulheres pediam diminuição da jornada diária de trabalho de 14 para 10 horas e o direito à licença maternidade.

Isso aconteceu no dia 08 de março de 1857, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Desde então, essa data tem servido de referência para homenagear as mulheres de todo o mundo em sua luta de seus direitos e dignidade pessoal, social e profissional.

Hoje, 08 de março de 2010, dia intenacional da mulher, resolvi homenagear as mulheres postando esse trabalho e a traduçãode uma música que eu gosto muito e que fala um pouco do universo feminino.


SHE

Elvis Costelo

Ela talvez seja o rosto que não consigo esquecer

Um rastro de prazer ou de arrependimento

Talvez seja meu tesouro ou o preço que

Eu tenho de pagar

Ela talvez seja a música que o verão canta

O arrepio que o outono traz

Talvez seja cem coisas diferentes

No decorrer de um dia

Ela talvez seja a bela ou a fera

A fome ou o banquete

Talvez transforme cada dia em um paraíso ou em um inferno

Ela talvez seja o espelho de meus sonhos

O sorriso refletido em um rio

Ela talvez não seja o que parece

Dentro de sua concha

Ela que sempre parece tão feliz na multidão

Cujos olhos podem ser tão discretos e orgulhosos

Ninguém pode vê-los quando choram

Ela talvez seja o amor que não pode ter esperança de durar

Talvez venha a mim das sombras do passado

Das quais me lembrarei até o dia em que eu morrer

Ela talvez seja a razão pela qual eu sobrevivo

O porquê de eu estar vivo

Aquela que eu protegerei nos anos bons e ruins

Eu pegarei seu riso

E suas lágrimas

E farei deles minhas recordações

Aonde ela for eu tenho de estar

O sentido da minha vida é ela



8 comentários:

TARDE disse...

Ôpa! Adoro esta música. Gostei da tradução e da Tela. Parabéns querida, tanto pelo Post como pelo Dia.

Lucia Alfaya disse...

Obrigada pela visita e pelos parabéns. Teitei postar um comentário no seu blog e não consegui. Adoro Drummond, não sei como podia caber tanta sensibilidade e sentido da beleza das coisas e da vida dentro de uma só pessoa.

Bípede Falante disse...

Não sei o porquê, mas esta música me incomoda. Talvez, eu até saiba, mas agora não vem ao caso. Se vier, conto. Beijo. Bípede.
Gostei mesmo foi do quadro!

Lucia Alfaya disse...

Incomoda mesmo, porque fala de um amor que supera a ambiguidade do outro. Ele/ela ama apesar de saber que pode ser o seu inferno, o preço a pagar. Talvez não seja o tipo de amor que sonhamos como ideal, mas é de um tipo que ocorre com frequencia e que faz o poeta rimar amor e dor.

Moniz Fiappo disse...

Parabéns atrasados pra voce também. Esse seu trabalho é demais.Já falamos sobre ele mas não consigo olhá-lo sem ser tocada de modo particular.
Quanto à música, concordo com voce, esse tipo de amor parece que é mais forte e arrebata diuturnamente; Sem ele, a vida parece sem sentido.

Terráqueo disse...

Eu adoro essa música. Nessa semana mesmo eu pensei em postá-la. Como sempre, suas pinturas me encantam.

Janaina Amado disse...

Também gosto demais desta música. Quero saber, Lúcia, se posso colocar um link do seu blog no acreditandonotruque. Sempre me sinto bem aqui.
Beijo!

Lucia Alfaya disse...

Claro Janaina, será uma honra aparecer na sua págia, que também adoro visitar. Beijo!