quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vermelho








Vermelho
Ver melhor
Melhor ver
O azul que se insinua
No céu
E no mar

Terra à vista
Em negras encostas
Que se derramam
E afundam mar adentro
Vão fundo como o olhar
De quem se ama
Quando olha nossos olhos
Que insistem em mentir


5 comentários:

Bípede Falante disse...

Lucia, tenho muita afinidade com a cor vermelha, muita identificação. A sua tela está genial, a tela e o poema, que o vermelho é assim de ir mais fundo que o azul.

Anônimo disse...

Gosto muito desse casamento que você faz entre poesia e tela. O vermelho está no sangue por algum motivo.

Bípede Falante disse...

Uma vez pintei a parede do meu escritório de vermelho. Pintei bem na época em que eu estava toda coagulada. Deu uma chuvarada forte e veio uma infiltração. A parede ficou cheio de bolhas. Sangrava como se fosse de sangue. Aí, mudei para bege e comprei um carro vermelho. Uma vez, outra vez *risos*, veio uma chuvarada forte e o carro ficou ensopado por fora. Sangrava como se fosse de sangue. Não troquei por outro. Não iria mesmo adiantar.

Terráqueo disse...

O vermelho é a paixão. Esse mar me lembra o amor. Tela perfeita. Poesia em pintura. Beijos.

Lucia Alfaya disse...

Bípede, Chorik e Terráqueo

O vermelho é quente, é paixão, está no sangue, no coração , no olho, é pura emoção, vibrante e excitante. Transmite força e emoção. Nas minhas telas ele aparece com frequencia, às vezes apenas um detalhe, outras vezes em maior quantidade. Gosto da sua presença.
Bjs
Lúcia